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Brasil deixa de aplicar duas doses da vacina contra a febre amarela

Seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde, o Brasil vai deixar de aplicar duas doses da vacina contra a febre amarela. O ministério da Saúde diz que a decisão não tem a ver com o aumento da procura e garante que não faltam vacinas.

Uma doença, uma vacina e muitas dúvidas. Na corrida aos postos de saúde pra se imunizar contra a febre amarela, ainda tem gente confusa. Afinal, uma dose da vacina basta?

Desde 2013, a OMS recomenda a aplicação de uma única dose da vacina. O Brasil, por ser o maior produtor mundial da vacina contra a febre amarela, continuava a dar duas doses: a de reforço dez anos depois da primeira dose. Agora, a orientação do ministério da Saúde mudou: os brasileiros só vão precisar tomar a vacina uma vez.

Celso Ramos, professor da Universidade Federal do Rio e infectologista diz que o Brasil demorou para seguir a orientação da Organização Mundial de Saúde. “É uma decisão correta, mas tardia no momento que está sendo colocada, ela é um desserviço, porque cria a impressão de que essa decisão está sendo tomada porque não tem vacina para todo mundo”, comenta.

O ministro da Saúde disse que a opção pela dose única não tem nada a ver com o aumento da procura pela vacina. “Tecnicamente, não há relação, mas isso nos permitirá, como quem já se vacinou não voltará a se vacinar, nos permitirá atender mais rapidamente aqueles que nunca se vacinaram”, declara Ricardo Barros, Ministro da Saúde.

Essa mudança, de duas doses para uma, trouxe mais perguntas:

E se o certificado internacional de vacina, para quem vai viajar para áreas de risco, tiver validade de dez anos? Segundo a Organização Mundial de Saúde, não é preciso fazer a renovação do certificado internacional da vacina contra a febre amarela já emitido, mesmo que esteja escrito que a validade está vencida.

E quem tomou a vacina há mais de 10 anos, também está protegido com a dose única? “A vacina continua sendo a mesma, a mesma forma de produzir, a mesma qualidade”, diz Artur Roberto Couto, diretor de BIO-Manguinhos.

Com os bebês, cuidado: para os que tem até 6 meses de vida, a vacina para febre amarela é contraindicada. De 6 a 9 meses, o bebê só pode ser vacinado em caso de epidemia ou viagem para área de risco. Mesmo assim, os pais devem seguir a orientação dos médicos. Acima de 9 meses, o bebê pode tomar a vacina, mas não tem mais reforço com uma segunda dose, aos quatro anos.

O Brasil também prepara um esquema de fracionamento da vacina, se for preciso uma imunização em massa. A medida só deve ser adotada numa epidemia ou aumento de casos em grandes cidades ou regiões metropolitanas, o que não está acontecendo no Brasil. Por enquanto, as pessoas vão continuar tomando a dose única.

Fonte: jornal Hoje


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