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Estudo mostra que é possível se infectar com zika, dengue e chikungunya ao mesmo tempo

Um estudo feito pela Universidade Estadual do Colorado, nos EUA, constatou que o mosquito Aedes aegypti é capaz de transmitir os vírus zika, da dengue e da chikungunya ao mesmo tempo, com apenas uma picada. De acordo com os cientistas, a coinfecção é comum em áreas com surtos.

— Em teoria, um mosquito pode transferir múltiplos vírus de uma só vez — afirma a pesquisadora Claudia Ruckert, uma das autoras do estudo.

Para fazer a pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista "Nature Communications", os cientistas infectaram mosquitos com diversos vírus. A partir disso, foi possível verificar como era feita a transmissão de mais de um vírus em apenas uma picada. Segundo os pesquisadores, não há evidências de que as coinfecções sejam mais graves do que apenas uma infecção por vez.

Já era conhecida a possibilidade de coinfecções, mas até o momento as pesquisas existentes sobre o assunto são escassas, e os achados, contraditórios.

O primeiro relato de coinfecção por chikungunya e dengue ocorreu em 1967, de acordo com o estudo. Mais recentemente, houve muitos relatos de zika e dengue ao mesmo tempo, e de zika e chikungunya, em especial por conta do surto de zika no Brasil e em outros países das Américas.

Em abril deste ano, um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já havia exposto casos de pacientes infectados com zika e chikungunya ao mesmo tempo.

— Para uma pessoa contrair dois vírus diferentes transmitidos pelo mesmo mosquito, é preciso que haja muita, muita infestação. E também muitos vírus em circulação. Não se trata de uma raridade médica, mas de uma situação recorrente e a ponta de um iceberg de epidemias que não foram embora. Isso mostra bem a gravidade da situação — afirmou, na época, Luis Roimicher, coordenador do estudo e do Núcleo de Pesquisa em Artrite da universidade.

Isso mostra que infectar-se com dois vírus transmitidos pelo Aedes simultaneamente é mais comum do que se pensava, mas a pesquisa conduzida por Claudia Ruckert revela ser possível também uma tripla infecção. Em laboratório, ela e sua equipe confirmaram que o mosquito é capaz de transmitir todos os três vírus simultaneamente.

— Infecções duplas em seres humanos são bastante comuns, ou, pelo menos, mais comuns do que poderíamos ter pensado. E, além disso, é fato que existe a infecção tripla, ainda que isso seja considerado um evento raro na natureza — diz Claudia.

Fonte:extra.globo.com


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